sábado, 25 de fevereiro de 2012

Para liderar é preciso conhecer.

Olá!

Espero que quem tenha visitado o blog tenha gostado do conteúdo.

Hoje o assunto abordado será “Diagnósticos de Enfermagem”. Considerando que é muito importante para um enfermeiro conhecer e principalmente compreender a linguagem padronizada da área, os Diagnósticos de Enfermagem, pois são eles que oferecem bases para as intervenções e resultados, pelo qual o enfermeiro será responsabilizado.

Para liderar não basta saber, é necessário compreender “Como colocar em prática”.


Em 1982, o grupo Nacional de Classificação de Diagnósticos de Enfermagem (NANDA) desenvolveu uma lista de diagnóstico de enfermagem, em ordem alfabética, originando a Taxonomia I, mais utilizada no mundo. Em 2000 originou-se a TaxonomiaII, determinada na14ªConferência da NANDA, que por seu vez Compreende: domínios, classes e diagnósticos (13 domínios, 47 classes, 188 diagnósticos).
E desde então, a Taxonomia II da NANDA vem sendo aperfeiçoada, com a inclusão de novos diagnósticos. Na última edição da NANDA, os diagnósticos de enfermagem e o material de apoio aprovados pelo Comitê, foram submetidos à votação dos associados, no site da NANDA e após a aprovação pelos associados, os diagnósticos de enfermagem foram colocados na Taxonomia II da NANDA-International. Como mostra a figura:



Conhecendo os domínios e Classes, é hora de saber como usar os Diagnósticos.

O Diagnóstico de Enfermagem é composto por:

Título: Estabele um nome para o diagnóstico. É um termo ou expressão concisa que representa um padrão de índicos relacionados.

Definição: É descrição clara e precisa do diagnóstico, delinea seu significado e ajuda a diferenciá-lo de diagnósticos similares.

Características Definidoras(Manifestações): São indícios que se agrupam como manifestações do diagnóstico.

Fatores Relacionados (Causas): Fatores que parecem mostrar algum tipo de relação padronizada com o diagnóstico.

Fatores de risco: Fatores ambientais e elementos fisiológicos, psicológicos, genéticos ou químicos, que aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo.


Consideramos então que teremos o diagnóstico que poderá ser real e o diagnóstico que poderá ser de risco.

Diagnóstico Real: Título+Definição+Características Definidoras+Fatores Relacionados

Exemplo:
Título: Eliminação Urinária Prejudicada
Definição: Distúrbio na eliminação de urina
Características Definidoras (Manifestações): Disúria, Poliúria/ Hesitação Urinária/ Incontinência/ Noctúria/ Retenção Urinária/ Urgência Urinária.
Fatores Relacionados (Causas): Dano sensório-motor/Infecção do trato urinário/Múltiplas causas/Obstrução Anatômica.


Diagnóstico de Risco:Título+Definição+Fatores de Risco

Exemplo:
Título: Risco de Infecção
Definição: Risco aumentado de ser invadido por organismos patogênicos.
Fatores de Risco: Agentes Farmacêuticos(imunossupressor)/Defesas primárias inadequadas/Conhecimento insuficiente para evitar a exposição a patógenos/ Desnutrição/ Doença crônica/Traumas.

Assim, conclui-se que o DE (diagnóstico de enfermagem) é o julgamento clínico das respostas do indivíduo,da família ou da comunidadeaos processos vitais ou aos problemas de saúde reais ou potenciais, os quais fornecem a base para a seleção das intervenções de enfermagem, para atingir resultados, pelos quais o enfermeiro é responsável.



Um abraço! 


Leituras Utilizadas:

-Braga CG, Cruz DALM. A Taxonomia II proposta pela North American Nursing Diagnosis Association (NANDA).Rev Latinoam Enferm. 2003;11(2):240-4.
-Classificações de diagnóstico e intervenção de enfermagem: NANDA-NIC.(Alba Lúcia), 2009.







 



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Comunicação: uma ferramenta para atingir resultados.

Olá! Sejam muito bem-vindos ao blog "Porque sou enfermeira".

Aqui estou eu, postando o primeiro texto do blog, com um tema/ferramenta que considero muito importante para o sucesso de qualquer Enfermeiro numa organização, a Comunicação.

Sabemos que o Enfermeiro tem basicamente quatro funções que norteiam sua profissão: assistencial, gerencial, educativa e de pesquisa. Sabemos também que essas atividades não são desenvolvidas de forma isolada e é justamente a relação de harmonia entre elas que possibilitará oferecer uma assistência de qualidade e segura ao cliente. Para desenvolver todas essas funções, utilizamos o processo de trabalho em equipe, contamos com técnicos em enfermagem, auxiliares, e com uma diversidade de profissionais especializados em saúde em um mesmo espaço físico. Assim, para sobreviver numa organização é preciso que nossas ações estejam pautadas em modelos cooperativos, usando mais força da equipe que a excelência individual. E para que seja possível ter uma equipe com bom desempenho, uma das competências necessárias ao Enfermeiro é a capacidade de comunicar-se de maneira eficaz, superar o desafio da boa comunicação é uma das coisas mais difíceis que existem dentro das instituições. Pois mesmo, o mais esforçado a utilizar este método diante do estresse cotidiano, por vezes escorrega; o importante é continuar treinando, para se sentir mais próximo do ideal e assim estar sempre a oferecer caminhos para que a equipe desenvolva as ações da assistência de maneira eficiente e livre de riscos.

Vejamos o que nos diz o Jornalista mestre em RH, Gustavo Gomes de Matos, autor do livro “A Cultura do Diálogo”.

-Saber ouvir é o maior segredo do sucesso na vida pessoal, profissional e empresarial. Essa é a conclusão a que qualquer um pode chegar ao se dispor a pensar, ou melhor, a dialogar consigo mesmo sobre a relação de causa e efeito entre comunicação eficaz e ações bem sucedidas. Ela está presente em todos os aspectos da existência humana. Entretanto, é muito comum aparecerem os ruídos de comunicação nas relações sociais. Uma informação mal transmitida desmotiva e atrapalha o andamento do trabalho. Segundo Gustavo Matos, apesar do saber ouvir ser o fator mais importante para o sucesso da comunicação é, ao mesmo tempo, um dos aspectos mais negligenciados no seu processo. As necessidades individuais de valorizar suas idéias, determinar conceitos e preconceitos, expressar opiniões e ditar regras, seguem na contramão da proposta central de estabelecer uma dinâmica de diálogo.Saber ouvir transcende o ato de escutar; é compreender a pessoa que se expressa; é entender a mensagem que ela transmite; é assimilar o que é dito por palavras, atitudes, gestos ou silêncio; é perceber a grandeza da essência da comunicação e do diálogo; é alcançar a plenitude do relacionamento humano.

Deste modo, conclui-se que é hora de abandonar as relações hierárquicas e rígidas centralizada na figura do enfermeiro “chefe” que dá as ordens aos seus “subordinados”, o contexto atual mostra a necessidade do espaço coletivo e  democrático. Faça uma análise se está fazendo da comunicação uma estratégia de sucesso ou de insucesso na vida profissional e pessoal.

Uma importante dica retirada do livro "A Cultura do Diálogo": Evite, logo nas primeiras frases do interlocutor, estar pensando no que irá responder.

Um abraço.

Espero que leiam, comentem e compartilhem.


Leituras utilizadas para composição do texto:

-Livro: A Cultura do Diálogo (Gustavo Gomes de Matos, Jornalista e Mestre em RH)
-SPAGNOL, Carla Aparecida. (Re)pensando a gerência em enfermagem a partir de conceitos utilizados no campo da Saúde Coletiva. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2005, vol.10, n.1, pp. 119-127. ISSN 1413-8123.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000100019.




Um blog que irá além de técnicas e procedimentos.

Olá!

Esse é o post que inaugura o blog “Porque sou Enfermeira”.

A partir deste blog, pretendo colocar em discussão as formas de relações humanas, voltadas para as organizações em saúde. Disponibilizarei artigos, textos, recortes, em que os temas devanearão entre trabalho em equipe, liderança, resolução de situações conflituosas e conteúdos para motivar a constante atualização profissional, para que possamos oferecer uma assistência com qualidade, com vistas à segurança do paciente. Acredito que entender sobre o comportamento dos diferentes grupos seja os formais ou informais está inteiramente ligado ao resultado final de qualquer trabalho. Portanto compete ao enfermeiro vivenciar a prática da liderança nas organizações de saúde, por ser um profissional pensante e crítico, capaz de tomar decisões pautadas no conhecimento científico, adquirido durante a formação acadêmica.

Espero que você leia, comente e compartilhe nosso conteúdo.

Um abraço.