sábado, 3 de março de 2012

As perspectivas do egresso de enfermagem frente ao mercado de trabalho.

Utilizando a sugestão da nossa colega Débora Peres, hoje trataremos de um tema quente: As perspectivas do egresso de enfermagem frente ao mercado de trabalho.

Recém-formados em Enfermagem de todo país tem deparado-se com um cenário de insegurança, no que diz respeito, a empregabilidade. É visível que a necessidade do mercado, vai além da graduação em uma instituição de ensino de qualidade, temos visto a procura por profissionais críticos, criativos, atualizados e que tenha um bom relacionamento interpessoal. E acredite, tem muito recém-formado, dotados de todas estas competências. Porém, sem a tão sonhada oportunidade, já que as próprias instituições de saúde tem causado um desencontro. Tratando-se que estas instituições têm exigido a experiência comprovada para atuação num determinado setor. E acredite, 4 anos de estudo, com muitas horas de estágios (muita prática), cursos de atualização, produções científicas, um bom currículo, não tem sido necessário, se quer para garantir participação na maioria dos processos seletivos. Deixo aqui um questionamento: O problema está na falta de prática, ou mesmo, qualificação dos recém-formados ou no pessoal responsável pela seleção (recursos humanos) das organizações de saúde e empresas de recrutamento?
É chegada a hora em que percebemos que a faculdade forma um profissional generalista, no qual, considero importante o fazer. Porém, é visto que o mercado não está em busca do profissional generalista. Então logo, antes de ter qualquer retorno, é preciso estudar mais! E estudamos. Porém, ainda continuamos querendo praticar, trabalhar.
Alguns passam nos poucos processos Trainee? ÓTIMO!
(aproveitando destacarei a falta de organização em alguns desses processos, onde não conferem documentos dos candidatos,  divulgam apenas os nomes dos aprovados, sem disponibilizar gabarito. Tudo isso, com certeza, deixaria todos os candidatos mais seguros do seu desempenho; invés de deixar apenas uma grande ?).
Alguns já estão inseridos na área, e passam a ocupar novas funções; outros contínuos técnicos sem perspectivas.
Outros, ainda, mesmo sem qualificações, tem QI.
E por fim, os últimos vão a busca de voluntariado. (Posso estar sendo ignorante), o voluntariado pode ser ótimo para a prática; acho lindo participar de um projeto social; mas isso meu povo, tem sido um abuso do nosso profissionalismo. Cadê a nossa valorização profissional minha gente? O problema também está em não sabermos nem fazer propaganda da profissão. Quando enfermeiros falam da enfermagem, fantasiam como algo divino, ou já relacionam com a arte, a tão falada “Arte do cuidar”. Ô minha gente, arte? E a ciência onde fica? 

Vejo muitos egressos ansiosos, atirando para todos os lados, pagando bem, pagando mal, pagando nada; acho justo estar disponível incialmente e aberto para as oportunidades. No entando, acho mais justo ainda, avaliar o que tem sido oferecido e ver realmente o que pode vir a te fazer crescer profissionalmente; experiência só para constar, vai continuar a te deixar despreparado para assumir desafios maiores. Vamos acalmar os ânimos, continuar a estudar, publicar trabalhos, fazer contatos, cuidar da nossa imagem profissional. Já dizia Albert Einstein: No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.

Espero que leiam, comentem e compatilhem idéias.

Um abraço.

3 comentários:

  1. Oi Ana!!! Gostei muito de ter atendido ao meu pedido. Esse tema é bem polêmico e eu diria um tanto desconfortável também. Sugeri, porque atualmente essa é minha realidade e seria muito bom poder compartilhar com colegas, é ótimo ter esse espaço para comentar.
    Temos tantas facetas dessa situação que fica difícil analisar de forma clara o momento que passamos. Todo egresso de graduação passa por dificuldades para entrar no mercado, as instituições buscam qualidade, experiência e nós o reconhecimento. Como todo sistema os processos seletivos, tanto públicos como privados, tem suas falhas e esse é mais um empecilho. Suamos muito para sermos enfermeiros e é desmotivante a pouca valorização que temos. Mas infelizmente esse é só o começo, entrar em uma instituição e exercer nossa "arte" de forma digna e reconhecida, não será em nossa carreira o maior problema. Mas como ocorreu em muitos momentos da faculdade, são nas dificuldades que nos abrimos para enxergar novos horizontes, aprender e crescer. Como você colocou, positivamente, superaremos essa fase e esse será mais um degrau na subida ao sucesso profissional.

    ResponderExcluir
  2. Débora, tenho adorado seus comentários. Muito boa essa troca.

    ResponderExcluir
  3. Que ótimo Aninha!!! Espero ansiosa o próximo post... beijos

    ResponderExcluir